Colette Dowling, a mesma autora do best seller Complexo de Cinderela, está de volta nesse novo e instigante livro, que coloca em questão, mais uma vez, a condição da mulher na sociedade moderna. O MITO DA FRAGILIDADE aborda questões polêmicas, como a capacidade física das mulheres em relação ao sexo oposto - afinal, o homem é realmente mais forte? Na luta para serem aceitas na sociedade como indivíduos pensantes, as mulheres, de certa forma, perderam o direito de se desenvolver fisicamente. Força e músculos, durante muito tempo, foi um assunto de homens. A guerra dos sexos, já foi uma guerra física, uma batalha sobre a capacidade do corpo e seus limites. Segundo Dowling, diante do desempenho das mulheres nas últimas competições olímpicas e de ligas mundiais, cada dia conquistando mais títulos e quebrando recordes, fica fácil entender o motivo de os homens não as quererem jogando e competindo com eles. Insistindo na inferioridade da capacidade física da mulher, seu espaço na participação desses eventos fica reduzido e suas chances de vitória também. Quando as mulheres começaram a entrar no mercado de trabalho, esse argumento também foi utilizado, eram menos capacitadas, portanto, não poderiam ocupar determinados cargos. Ou seja, os homens não queriam ver mulheres ocupando cargos de chefia, quer dizer, seus próprios cargos. Assim sendo, foi também difícil para as mulheres entrar no mundo dos esportes e estarem prontas e capazes de competir. Esse tipo de preconceito manteve as mulheres afastadas de oportunidades equivalentes às dos homens. Estudos apresentados em O MITO DA FRAGILIDADE revelam que a capacidade física depende de treinamento e aprendizado, não é uma questão de superioridade fisiológica, ser homem ou mulher. Dowling apresenta também um dado curioso: as mulheres não se exercitam tanto quanto os homens com medo de parecerem muito fortes e masculinizadas e, assim, serem desprezadas pelos parceiros ou pretendentes. Para competir em alguns esportes, por exemplo, as mulheres são obrigadas a realizar testes que provem seu sexo. Um exame ginecológico que comprove que a atleta é realmente mulher é pré-requisito para atletas olímpicas desde 1930. Algumas conclusões de Collete Dowling em O MITO DA FRAGILIDADE são preocupantes, outras, revelam que as mulheres estão no caminho certo, alcançando a igualdade e física e conquistando seu espaço. Hoje, o time de futebol feminino norte-americano recebe, por jogo, a mesma quantia que o time da liga masculina, 2 mil dólares. Por outro lado, os homens ainda recebem 77% das bolsas de estudo destinadas a atletas. Em O MITO DA FRAGILIDADE, pressupostos errôneos são derrubados e o mito da inferioridade anatômica e fisiológica da mulher é desfeito, fornecendo provas incontestáveis sobre sua força. Baseado em extensa pesquisa sobre desenvolvimento da motricidade, avaliações de desempenho físico, fisiologia do esporte e endocrinologia, Colette Dowling traça um quadro surpreendente da nova dimensão física da mulher.