Trata-se de uma obra que dialoga com os campos da filosofia política e da representação estética, de origem trágica. Analisa o tema da gênese da moral associada ao contexto social. Faz uma incursão nos antigos gregos (Platão, Aristóteles e os poetas trágicos), com o objetivo de mostrar as diversas concepções do modelo ético na Antiguidade. No início da época moderna, ocorre uma transformação importante em torno do tema ético: esses confrontos já podem ser sentidos nas obras de Maquiavel e Shakespeare.
A obra também lança a ideia do resgate de uma dimensão importante do homem: a entidade Pessoa, sede da instância moral, de ordem subjetiva. Por isso advoga a tese do silenciamento por parte do pensamento racional (lógos filosófico, pensamento inteligível) ante uma importante dimensão humana.