Esta obra de Lêda Marchesini de Mendonça é, antes de tudo, um grande estímulo a importantes reflexões. Serua a fidelidade um condição sine qua non para a felicidade do casamento?
Somos naturalmente monogâmicos? Ou a felicidade é uma construção social "naturalizada"?
É um fato que os homens são naturalmente infiéis sexualmente, como uma espécie de defesa da espécie humana? Ou isto é mais um mito construído sócio-historicamente?
Quais fatores lebam um marido a buscar relações extraconjugais? Sexo? Curiosidade? Autoafirmação? Sexo pelo prazer? Intimidade? Companhia agradável?
E as mulheres? As esposas e mães? Como são infiéis? Elas são vítimas dos maridos infiéis? Ou têm acordos tácitos com eles, por convivências, por medos e dependências sociais, econômicas e emocionais?
São fiéis essas esposas? A quem? A si mesmas? Aos maridos? Seus filhos? Á sociedade?
Como se diferenciam as infidelidades afetivas das sexuais? E as dos maridos e das esposas?
Os níveis de instrução, de cultura e econômico influenciam nos comportamentos infiéis dos casais brasileiros no século XXI?
Quanto temo um casamento realizado por amor permanece com seus membros fiéis? Para sempre? Inevitavelmente a inflidelidade ocorrerá por um deles ou ambos?
E quando a infidelidade acontece, deve ser revelada ao parceiro? Como? Quando?